Como vai ficar o home office no Brasil após a pandemia

Milhares de empresas em todo o mundo tiveram que se adaptar ao trabalho remoto nas residências dos funcionários, para que pudessem continuar atuando em meio à pandemia. Essa prática pode ter vindo para ficar, afinal percebeu-se que pode gerar bons resultados mesmo fora do escritório tradicional. Leia o artigo a seguir para saber como vai ficar o home office no Brasil após a pandemia.

Estimativa de crescimento em 30%

De acordo com uma pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), em torno de 30% das empresas brasileiras devem adotar a prática de home office após o fim da pandemia. Podemos citar grandes empresas nessa porcentagem, como Nubank e Ajinomoto.

Além dessas corporações, muitas outras perceberam uma nova modalidade de trabalho que gera bons resultados, já que o home office tornou as empresas produtivas mesmo longe da sede, apenas com a disponibilização de equipamentos necessários para o dia a dia profissional e também treinamento. Aliás, não somente houve manutenção da produtividade, como crescimento.

Adaptação para manter em funcionamento

Esse distanciamento social que levou milhares de empresas a atuarem a partir de escritórios na casa dos funcionários começou na primeira quinzena de março e tende a se estender para os meses restantes de 2020.

Assim, houve uma adaptação dos métodos de trabalho para que as operações pudessem se manter em funcionamento, e os resultados foram bastante satisfatórios, tanto que é uma prática que deve continuar após a pandemia, quando a volta para os postos tradicionais de trabalho será possível.

Prática deve continuar em vigor permanentemente

Isto é, quando a volta à sede de trabalho for possível, ainda assim haverá pessoas atuando em home office em várias empresas, já que se perceberam bons resultados com o trabalho a partir de casa. Antes havia uma desconfiança sobre a efetividade desse expediente, mas a pandemia forçou as empresas a atuarem dessa forma, e os resultados estão sendo excelentes.

Assim, acredita-se que a pandemia de covid-19 seja um divisor de águas no modo de expediente das empresas. A maioria voltará a atuar em tempo integral na sede, mas várias delas já sinalizaram o home office como local de trabalho de vários setores, apenas com encontros presenciais regulares na sede da empresa.

Antes, tínhamos apenas 5,2% das empresas brasileiras atuando parcial ou totalmente em home office, dados de 2019 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Hoje, temos essa estimativa bastante otimista, de crescimento em até 30%.

É uma questão cultural, já que não se acreditava que o home office era uma possibilidade viável de trabalho, porém a pandemia mostrou que pode ser possível e muito viável atuar de casa, mantendo os bons resultados percebidos quando se trabalha na empresa.